Irmandade.
Unidas pelo sangue, amor e lágrimas. Sangue que alimenta as semelhanças, dá sensação de pertencimento a uma constelação. Amor que supera as diferenças, o estranhamento da contestação. Lágrimas que consolam as desavenças, o estremecimento da relação.
Irmandade.
Três Marias, cada qual no seu lugar no cosmo familiar. Cada qual com sua função na tessitura desses astros de diferentes grandezas. A vida inteira ligadas, alinhadas, alinhavadas. Fraternidade que torna a constelação um só corpo em um só espírito.
Irmandade.
Marias que despontaram aos poucos e foram criando luz própria. À mais velha foi concedido o dom da sabedoria – o conselho certo, revelador. Para a do meio foi reservado o dom da esperança – o alento místico, harmonizador. À que veio por último foi conferido o dom da afeição – o abraço terno, consolador.
Irmandade.
Três Marias que nunca se chocaram, jamais disputaram espaço na formação estrelar. Complementares, souberam usar seus dons e enfrentaram, sempre juntas, as agruras da vida.
Irmandade. Maria do meio.
Se quem escreve é a Maria do meio, e é tão inteligente e carinhosa, fico só a medir a envergadura das demais. Belíssimo! Parapenz, Rubem